"Em toda a infância houve um jardim. Isto é coisa de poetas."

Augustina Bessa-Luís

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Um palmo de gente...ou talvez mais!

Esta semana andamos às voltas com as medições das nossas alturas. 
E tal como os nossos amigos da Sala Amarela, a nossa unidade de medida foi o palmo da mão esquerda da Aida.


Na maioria das vezes o palmo não permitia medirmos com exatidão, por isso, para fazermos acertos, usamos também o dedo indicador. 
O Lourenço foi o único que não necessitou de "acertos", porque media exatamente 6 palmos.



Depois de escolhidas as cores das folhas de papel, precisamos contar palmos e dedos para traduzirmos as alturas que marcamos na parede.




Contamos palmos e dedos e organizamos alturas por ordem crescente e descobrimos que há amigos que têm a mesma altura... Também descobrimos que dez dedos, medem tanto com um palmo.



Entre palmos e dedos, somos do tamanho daquilo que vemos, como já dizia o poeta.

Eu Sou do Tamanho do que Vejo

Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo... 
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer 
Porque eu sou do tamanho do que vejo 
E não, do tamanho da minha altura... 
Nas cidades a vida é mais pequena 
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro. 

Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave, 
Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe de todo o céu, 
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar, 
E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver. 

Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema VII" 
Heterónimo de Fernando Pessoa 

1 comentário:

  1. Ena que vocês medem muitos palmos. Muito interessante esta vossa atividade e parceria com a sala amarela.Gostei bastante.
    Beijinhos Triquiteiros

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