"Em toda a infância houve um jardim. Isto é coisa de poetas."

Augustina Bessa-Luís

sábado, 26 de novembro de 2011

Ciência, Arte e muita diversão...

Esta foi uma semana que começou com muita chuva e terminou com um sol radioso…

O Outono traz-nos surpresas assim e também nos traz o vento e o frio “que puxam as folhas para baixo”… Esta foi a explicação dada pelos mais “crescidos” aos mais “pequeninos” para explicar a enorme quantidade de folhas que cobrem o nosso recreio…

Através da Internet ficamos a saber que no Outono algumas árvores deixam cair as suas folhas para se prepararem para o frio do Inverno. O frio dificulta a tarefa das raízes na captação de água. Por isso é preciso concentrar todo o “alimento e energia” no tronco, para que a árvore resista e possa voltar a encher-se de folhas e frutos quando chega a Primavera e o Verão.

Para percebermos a dificuldade que a água tem de se infiltrar na terra fria fizemos uma experiência com dois copos (furados no fundo) cheios de terra. Um deles foi deixado uma noite inteirinha no congelador do frigorífico. No dia seguinte colocamos ambos os copos sobre guardanapos de papel. Enchemo-los com a mesma quantidade de água e pudemos verificar que na terra do copo de terra gelada a água não se conseguia infiltrar, ao contrário da terra do copo que tinha sido deixado junto à janela. Debaixo deste copo, o guardanapo de papel ficou rapidamente molhado, enquanto que, debaixo do copo gelado, o guardanapo de papel manteve-se seco durante algum tempo. Ao fim de alguns minutos o copo da terra gelada começou a ficar cheio de gotinhas de água no exterior… A Ana Luísa lembrou-se que há dias, quando a mãe tirou a sopa do frigorífico, a caixa ficou “cheia de bolhinhas de água” … É que o ar frio, que não se vê mas que está junto do copo, no contacto com o calor “aquece”…e por isso se formam estas gotinhas…


Ao fim de algum tempo o Afonso descobriu que a terra já tinha descongelado porque apertou o copo que tiramos do frigorífico e a terra já estava mole… e o guardanapo já estava molhado…

Aproveitando o sol da manhã viemos brincar com as folhas de Outono e abraçar as árvores…para as aquecer um pouquinho. Ao pisarmos as folhas secas, ou apertando-as nas mãos percebemos que podíamos fazer “música”…



E estávamos nós a saltitar sobre as folhas, quando a ama do Pedro apareceu para nos visitar, e, em especial, dar um forte abraço no Pedrinho, de quem sentia muitas saudades. Matar saudades foi o que fizeram a Cristiana e a professora Sandra, que trouxe a Ema para a ficarmos a conhecer…Que bebé lindo…

Quem também veio brincar com a Rita, foi o pai Nelson que dias antes tinha sido “desafiado” a vir jogar o “Bambino” com a filha…e ela adorou…


Mas as visitas não se fizeram só no sentido de “fora para dentro” …também se fizeram de “dentro para fora” …E o entusiasmo era enorme para ir ver a “tourinha” a casa dos avós da Beatriz.
No caminho aproveitamos para “treinar” a nossa orientação espacial e a escolha de itinerários… assim como regras de segurança dos peões.

Os avós da Beatriz não estavam em casa, por isso estavam à nossa espera os pais da Beatriz… e claro, a “tourinha”.

Também experimentamos o baloiço que os avós penduraram para a Beatriz numa oliveira… Todos o experimentaram e o Afonso disse: “Quem me dera ter um baloiço pendurado numa árvore!”. (Esperamos que o avô Sá leia este blogue :o)

Mas esta semana também teve espaço para pinceladas (com cores primárias e secundárias)...


…e dois Galos de Barcelos.


E já a pensar na nossa ida ao cinema no próximo mês, assistimos com os nossos amigos do 1º Ciclo, ao “Cars 2”, na Sala Azul. E para terminar esta “viagem” em beleza nada como um “Pipoca Show”, como lhe chamou o nosso amigo Hugo D. do 4º ano.

E a juntar à arte do cinema animado, tivemos a arte de decoração de origamis que aprendemos com a nossa amiga Marta. As ilustrações deram “cor” às pipocas docinhas que a dona Alice e a Isabel estiveram a fazer, enquanto assistimos às aventuras do Faísca McQueen e do Mate…


quarta-feira, 16 de novembro de 2011

No dia em que o papel e o barro se cruzaram na sala do JI...

...a Marta trouxe os Origamis e o Museu de Olaria trouxe o teatro de sombras sobre a lenda do Galo de Barcelos...e barro...

E depois?
Depois nasceram peixes no papel e galos coloridos no barro...

A Marta trouxe para a nossa sala dois origamis que ela fez - um girassol e um kusudama - e ensinou-nos a fazer peixes que, depois de prontos, se transformaram num móbil que baloiça no tecto da nossa sala.

Os nossos amigos do 1º Ano, e alguns do 2º Ano, juntaram-se a nós  para assistir ao teatro de sombras que tinha por tema a "Lenda do Galo de Barcelos"...Os nossos amigos do Museu de Olaria, a Patrícia, a Carina e o Carlos também trouxeram quadros de barro com o Galo de Barcelos e tintas para lhe darmos cor... E transformando-nos em "pintadeiras e pintadeiros" demos cores aos nossos galos...que levamos para casa.

Ora vejam lá as nossas aventuras entre dobras e pinceladas...


Para consulta:
-Origamis:

-Lenda do Galo de Barcelos:

-Museu de Olaria:

Parabéns dona Alice...


SUUUUUURPREEEEEESAAAAAA!!!!!


E depois da surpresa da manhã, à tarde a dona Alice soprou as velas e abrimos...a nossa caixa de guloseimas para festejar :-)

domingo, 13 de novembro de 2011

"Quem quer quentes e boas...quentinhas!"



3 de 3...

...que mais parecem os "3 Mosqueteiros" :-)

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

11-11-11

A propósito da ilustração do livro da colecção "Rua Sésamo - É segredo" que a Ana trouxe de casa para ler aos amigos...


-"Hoje a data só tem uns!!!" - disse a Ana.

domingo, 6 de novembro de 2011

Segunda estação: Outubro...

O mês de Outubro foi um mês “longo” e apesar da falta de notícias mais frequentes, muitas foram as aventuras porque passamos durante a nossa viagem por estes dias…E, em jeito de resumo (alargado) aqui fica o registo desses momentos:

Começamos pelas mudanças… para tirar mais proveito dos placares decidimos trocar “espaços”. Assim a “Casinha-das-Bonecas trocou de lugar com a “Loja do Vitor” (a biblioteca) e com os fantoches. Foi um verdadeiro trabalho de equipa…


E no mês em que se comemorou o Dia Mundial da Alimentação…

Depois de registadas as alturas, chegou a hora de registar os pesos. Nada melhor do que uma “barriguinha” para representar o peso de cada criança. Para isso usamos o compasso da nossa amiga Cristiana do 4º Ano e transformamos o peso de cada uma nos centímetros do diâmetro da circunferência. Medimos o raio e os círculos foram-se formando. Círculos que foram coloridos com colagem de papéis e de outros materiais e que ajudaram a construir o corpo de cada criança…





E como o exercício físico também é importante para o nosso bem-estar, a professora Manuela começou a “ginasticar” connosco…

Mas a professora de Educação Física não foi a única a fazer-nos uma visita… a professora de matemática Cristina Alves, também nos veio visitar e ofereceu-nos um livro. As professoras de matemática também contam histórias e desta vez foi “Matilde vai para o Jardim de Infância”…

E por falar em ler, este mês também demos início ao nosso projecto “Ler com a Família” e à nossa “Corrida de Livros”… Por isso, às sextas-feiras, cada criança requisita um livro que leva para casa e lê com a família. Com duas semanas de “prova” já se sente o envolvimento das crianças e o importante envolvimento dos Pais e dos irmãos mais velhos…e com afecto se ensina as crianças a “gostar dos livros” e a perceber a sua importância como elemento fundamental nas aprendizagens de todos os dias…
 












Mas os livros não “correm” apenas para casa… Também “correm” dentro da sala. E fazendo corresponder um livro a cada dia da semana, todos os dias uma criança escolhe um livro para ser lido aos amigos que durante essa semana fica no expositor dos livros como sendo um “livro especial”.


Foi num destes dias que a Vera escolheu o “Ciclo do Azeite”… Falar em azeite, implica falar em oliveiras… E não é que Vera, que mora pertinho da escola tem uma oliveira no jardim de sua casa!!! O dia estava lindo e foi só atravessar a rua, com muito cuidado e sempre pela passadeira, para irmos cumprimentar a oliveira da Vera. Trouxemos uns galhinhos de folhas de oliveira e no recreio da nossa escola comparámo-las com as folhas de outras árvores. Colhemos folhas do nosso castanheiro, da nogueira e da amendoeira… Quando as colamos numa folha e as identificámos percebemos que oliveira rima com nogueira e amendoeira…e a Beatriz descobriu, que apesar do castanheiro não rimar, quase que conseguia, pois também tinha três letras (“eir”) iguais às das outras árvores…


E porque a Ana também tem uma oliveira em sua casa, também trouxe quatro galhos cheios de folhinhas…E transformou cada galho de oliveira, num elemento da sua família…Pereira...

Gostar de “ler” começa a despertar em algumas crianças a vontade de “escrever” … e as folhas enchem-se de lindas ondinhas e linhas rectas… que nos contam histórias…

Histórias que se contam em cadernos que “moram” no “Saco dos Recados”…
 

E como já vimos uma professora de matemática a contar histórias, também contamos histórias à matemática e com as castanhas que a Margarida trouxe para partilhar com os amigos, fizemos contas de somar e dividir… e todos comeram um par de castanhas…



E já com um cheirinho a Verão de S. Martinho, depois da matemática das castanhas, experimentamos a química do vinho. A avó da Leonor mandou uma bacia cheiinha de uvas e como depois de termos comido muitas uvas ainda sobraram outras tantas decidimos “fazer vinho”. Conversamos sobre a forma como o fazem em suas casas e também sobre a razão porque as crianças não o podem beber e os adultos o devem fazer com moderação. Estava ali uma óptima oportunidade para ver como funciona a fermentação. Quando se espreme as uvas aparecem por lá uns “bichinhos” muito pequeninos que se chamam bactérias e que transformam o açúcar das uvas em álcool…

Metemos as mãos nas uvas para as espremer e foi uma verdadeira animação. A dona Elisa também nos veio dar uma ajudinha. Uvas espremidas, colocámo-las numa jarra de vidro. Apercebemo-nos que com as mãos as uvas não ficaram lá muito bem espremidas…devíamos mesmo era ter pisado com os pés… Mas decidimos esperar para ver o que acontecia…Mal espremidas as uvas dificultaram o trabalho das bactérias que três dias depois ainda não tinham cumprido a sua missão… Não chegaram as bactérias, mas chegaram os fungos que começaram a formar pequenas manchas de bolor… e como o fim-de-semana estava à porta discutimos sobre o que não tinha corrido bem neste processo e decidimos transformar o mosto em composto…


E a juntar ao doce das uvas também experimentamos o doce da marmelada que a irmã e o pai da Ana fizeram… e como a mãe da Ana também é muito docinha, mandou para a escola um saco enorme de pipocas que a Ana ajudou a fazer…


Mas este mês também foi o mês do aniversário da Joana. Mãos na massa e bolo na mesa…com velinhas prontas a apagar depois dos “Parabéns” cantar…



E para não esquecermos os vários aniversários colocámos um “lembrete” na
parede...


E na parede organizámos também o “Quadro das presenças” semanais, onde são registadas as presenças de quem está e as faltas de que não veio… E quem não tem vindo é a Margarida que foi operada e de quem já temos muitas saudades…


E para “matar saudades” também tivemos a visita do pai do Afonso, do pai da Francisca, da mãe do Pedro, da mãe da Vera… e da minha mãe…


Estas visitas foram motivo de conversa na nossa “Hora das Novidades”… que se preenche de conversas sobre acontecimentos que gostamos de partilhar com os amigos… ou de brinquedos que vêm de casa para todos brincarem…

Brinquedos que muitas vezes combinam com a roupa que se veste nesse dia…

Como Brincar é principal missão numa sala de Jardim de Infância tudo se poderá transformar no brinquedo certo para determinado momento… Podem ser caixotes…
 

Folhas de Outono…


Ou uma pequena abóbora apanhada na horta…




E como esta foi uma viagem com muitos sorrisos…aqui ficam eles em “movimento” :-)