"Em toda a infância houve um jardim. Isto é coisa de poetas."

Augustina Bessa-Luís

sábado, 23 de maio de 2015

Da Nau ao Farol

Ontem foi dia de nos juntarmos aos amigos do 1º Ciclo e viajar entre uma Nau e um Farol.

Chegados a Vila do Conde, o nosso primeiro ponto de paragem, visitamos a Alfândega Régia. Aqui a Rute e uma amiga, explicaram-nos imensas coisas sobre a forma como os nossos antepassados, há mais de 500 anos, comercializavam os produtos que chegavam nos barcos vindos da Índia. Cheiramos especiarias e tocamos em tecidos, ouvimos histórias sobre a construção dos barcos, e ficamos a saber o que faz um carpinteiro e um calafate quando um barco é construído num estaleiro. Ficamos a saber também que as velas são uma das características que distingue as caravelas das naus e até vimos uma pua, que é uma ferramenta manual, que antigamente era usada para fazer furos na madeira. É que no livro do 1º Ano aparece uma pua e muitos de nós nunca tinham visto uma.






Quando chegamos à Nau, tanta coisa para descobrir e aprender. Ouvimos histórias, que nos deixaram de "boca aberta" sobre como viviam os cerca de 120 a 150 marinheiros que viajavam nas Naus e até vimos uma princesa que durante a viagem, que durava muitos meses, nunca podia sair do seu minúsculo quarto. Sabiam que os sapatos dos marinheiros eram bicudos, para que eles pudessem matar os insetos que se escondiam nos cantos da naus e que depois lhes serviam de alimentação?
Subimos e descemos escadas e até nos pudemos sentir quase uns marinheiros a gritar "Terra à Vista!"




Ainda em Vila do Conde fizemos uma visita rápida à Capela da Nossa Senhora do Socorro. Lá de cima avistamos um Relógio de Sol, do escultor José Rodrigues, e o Mosteiro de Stª Clara, o ex-libris da cidade.


O almoço foi no Parque da Cidade, em Matosinhos, onde depois do piquenique ainda pudemos dar umas corridinhas, para "esticar as pernas".


Mas ainda mais surpresas nos esperavam. O Farol da Boa Nova, em Leça da Palmeira, também foi uma aventura. Conhecemos o faroleiro que nos esperavam e que nos deu algumas indicações sobre os cuidados a ter nesta visita. Depois de subirmos os 213 degraus de cimento, subir os 12 em ferro fundido é que foi uma verdadeira aventura. Estavam lá uns meninos, bem mais crescidos do que nós, de um colégio do Porto, que quase precisavam da nossa ajuda para descer aquelas escadas complicadas. Percebeu-se que não estavam habituados a trepar árvores e a subir muros. O Farol tem 46 metros de altura e nós vimos as vistas lá de cima...com muito vento. O faroleiro que nos esperava lá em cima explicou-nos como funcionava o farol e depois voltamos a descer aquelas escadas todas...foi um momento muito radical.





Uma nota muito especial na nossa subida ao farol. Estávamos nós lá em cima, quando caiu o primeiro dente à Beatriz... que guardamos no bolso das calças, para ela mostrar aos pais quando chegasse a casa. 


Depois estava na hora de regressar à escola que as pernas já pediam descanso...




Nota: Tanto na viagem de ida como de volta passaram por nós muitos carros que estão a participar no Rali de Portugal... No regresso até fomos ultrapassados por alguns.


Para verem mais imagens desta aventura, espreitem aqui...

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