"Em toda a infância houve um jardim. Isto é coisa de poetas."

Augustina Bessa-Luís

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Uma manhã no JI do monte

Hoje tivemos uma manhã maravilhosa. Saímos para a rua pouco depois de termos chegado ao JI e só voltamos para almoçar.

Desta vez fomos à descoberta de um caminho novo. Tomamos decisões quanto às direções a seguir. Voltar à direita ou à esquerda?!!
Descobrimos letras e números que servem para identificar ruas e casas. Percebemos que as casas têm frentes e traseiras e deste caminho vimos as traseiras da nossa escola e descobrimos as traseiras da casa do Lourenço. Ouvimos o sino tocar e contamos as suas 10 badaladas. Também ouvimos pássaros e tratores. Experimentamos texturas com as cascas das árvores e sentimos odores com folhas e “chapéus” de eucalipto…e também abraçamos perímetros de árvores.

Às vezes também nos zangamos, porque em alguns momentos, alguns amigos esqueciam-se que tínhamos saído para passear juntos e que nos devíamos manter próximos e que os da frente não se deviam esquecer dos que ficavam um pouco mais para trás.

Evitamos uns perigos e enfrentamos outros, superando-os com coragem e perícia.

Descobrimos musgo, raízes que pareciam bonecos e círculos nos troncos cortados que nos dizem quantos anos as árvores têm. Apanhamos ramos do chão que foram bandeiras, vassouras e sacholas e muitos paus que foram pistolas, espadas, canas de pesca e máquinas para cortar o mato.

Encontramos pinheiros bebés e outros já mais crescidos …mas não tanto como nós.

Lanchamos e trouxemos todo o lixo connosco. No caminho encontramos um contentor e deixamos lá o saco onde tínhamos colocado guardanapos de papel e pacotes de leite. Quando não o podemos separar, há uns senhores que o vão fazer mais tarde. Só não podemos é deixar o lixo no chão.

O calor aumentou e foi preciso arranjar solução para ficarmos mais “frescos”. Por isso tiramos casacos e cada um de nós cuidou do seu.

Descobrimos camélias no caminho, iguais às que temos no recreio da escola e outras flores. Andamos pelo sol e pela sombra, encontramos muros feitos com pedras “coladas”, laranjeiras e casas da “nossa” família. Atravessamos perigosas pontes, servimos cafés ao balcão, abraçamos oliveiras, encontramos um graffiti e cumprimentamos gatos.


Regressamos cansaditos, mas muito felizes e muito mais “ricos”…










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