Na quarta-feira chegou à escola um "Pequenote", perdido e completamente esfomeado...
A Luciana deu-lhe as sobras do almoço de ontem que ele devorou num ápice. Trazia ao pescoço, um cinto a fazer de coleira. O cinto ainda tinha a fivela e estava cortado e preso por um arame retorcido.
É um cão com cerca de um ano e tão, mas tão dócil que só dá vontade de aconchegar. Deixou que lhe tirássemos a coleira com a ajuda de um alicate, que o pegassemos ao colo e lhe déssemos banho. A professora Cristina Barbosa trouxe-lhe uma pipeta para as pulgas e carraças, comida de cão, uma coleira e uma trela.
Levamo-lo ao veterinário que o desparasitou internamente e o pesou... e percebemos que há gatos mais pesados do que ele.
Fizemos-lhe uma cama e ele deitou-se e deixou que as crianças o acarinhassem. Percebia-se que ele se sentia exausto. Devia andar há dias sem comer e sem conseguir ter um sono descansado. Percebe-se que tem imenso medos, os ruídos e os movimentos mais "rápidos", fazem-no baixar a cabeça como se estivesse a proteger de uma possível pancada. No intervalo de almoço ficou a dormir num espaço em que não era incomodado. Como se sentiu seguro, dormiu profundamente...À tarde ouviu connosco histórias contadas pelos baixinhos. Segundo o André este cão "É um cão inteligente, porque gosta de ouvir histórias."
Não fosse a nossa sala do JI estar debaixo da espada do encerramento e este anjo ficaria connosco. Defendo que todas as escolas deveriam ter um animal de estimação que pudesse estar nas salas e interagir com as crianças, em especial numa sala de JI.
Temporariamente a mãe Paula (mãe do Xavier) vai acolhê-lo em sua casa. Mas tal como no livro "Cão Rafeiro", que o Marco lhe leu, vamos tentar encontra-lhe uma família que o deseje e dar-lhe o "final feliz" que ele merece.
Vejam lá como ele é irresistível...
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