E na segunda semana de aventuras, muito temos de contar... Com outono, nuvens, uvas e na casa-de banho a pintar.
Com o aviso de que a chuva estaria para chegar, decidimos aproveitar um dia de sol, com algumas nuvens a ameaçar, para apanhar o outono do nosso recreio...
E depois da apanha das folhas coloridas com cores outonais e da música que elas podem fazer ao estalar, decidimos cantar uma canção às nossas árvores:
"Lá vai uma, lá vão duas, três folhinhas a voar,
é o Outono que já veio e com ele as vai levar.
Com o Outono vem o frio e com ele os casaquinhos.
Os meninos desta escola andam sempre bem quentinho."
(Música: As pombinhas da Catrina)
Mas no Outono não se apanham só folhas...também se apanham uvas. O Francisco (do 4º ano) trouxe-nos uvas que a avó nos mandou. Como cheiravam bem...e sabiam ainda melhor...
E esta semana houve também uma novidade...caiu o primeiro dentinho de leite... e a gora a Rita, que é também a "mais velha", é a primeira criança "fanada" do grupo.
Ora vejam lá "antes e depois":
É também a pensar no que acontece antes e depois, que começamos a construção do nosso "Quadro de Aniversários...
Estes lápis de cera em batom fazem um sucesso e por isso decidimos espalhar a nossa arte por todo o lado... e a casa-de-banho não escapou. E assim se faz arte no WC...
E como a arte é também poesia, e esta semana ainda houve alguns dias de sol, decidimos ilustrar uma poesia do Fernando Pessoa no nosso "Caderno dos recados"...
E porque os recados não são só avisos, neste caderno vão também algumas das nossas aprendizagens feitas no JI. Esperamos que traga também algumas aprendizagens de casa, para podermos partilhar e saber sempre mais...
Havia um menino,
que tinha um chapéu
para pôr na cabeça
por causa do sol.
Em vez de um gatinho
tinha um caracol.
Tinha o caracol
dentro do chapéu;
fazia-lhe cócegas
no alto da cabeça.
Por isso ele andava
depressa, depressa
p’ra ver se chegava
a casa e tirava
o chapéu, saindo
de lá e caindo
o tal caracol.
Mas era, afinal,
impossível tal,
nem fazia mal
nem vê-lo, nem tê-lo:
porque o caracol
era do cabelo.
que tinha um chapéu
para pôr na cabeça
por causa do sol.
Em vez de um gatinho
tinha um caracol.
Tinha o caracol
dentro do chapéu;
fazia-lhe cócegas
no alto da cabeça.
Por isso ele andava
depressa, depressa
p’ra ver se chegava
a casa e tirava
o chapéu, saindo
de lá e caindo
o tal caracol.
Mas era, afinal,
impossível tal,
nem fazia mal
nem vê-lo, nem tê-lo:
porque o caracol
era do cabelo.
(Fernando Pessoa)
E porque a vida também é feita de momentos...com jogos e enfiamentos :-)
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