Esta semana ficamos a conhecer melhor, o que no nosso corpo melhor nos ajuda a conhecer.
Começamos pela Visão e aprendemos que a parte que dá a cor aos nossos olhos se chama íris ("Como arco-íris" disse a Beatriz) e que tem um círculo preto pequenino no seu centro que se chama pupila.
Verificamos que as moedas têm tamanhos diferentes e também diferentes "ranhuras" para que as pessoas cegas as consigam identificar e que os teclados dos telemóveis têm um "pontinho" em relevo no nº 5 para que melhor se orientem. Também "lemos" braille com "O livro negro das cores".
Depois fizemos um jogo de memória visual em que, por "magia", um, ou vários elementos "desapareciam" ao som do "perlimpimpim".
Depois veio a Audição e a descoberta que o osso mais pequenino do nosso esqueleto está no ouvido e que se chama estribo. Em casa, o Afonso continuou a sua pesquisa e descobriu que também há um osso chamado martelo... e depois descobrimos a bigorna.
Descobrimos também que através da audição conseguimos "ver" se uma pessoa está a falar atrás de nós, ou num sítio da sala onde, mesmo não a vendo, sabemos que ela lá está e se a conhecermos até podemos ficar a saber quem ela é.
Fizemos uns "telefones" com copos de iogurte e fio e no dia que o (tio) Carlos Sá nos veio visitar também brincou com eles e contou-nos que, quando era pequeno, também fazia destes telefones, mas com um fio muito mais comprido.
Depois de olhar e de ouvir chegou a hora de tocar e falar do Tacto. É com a nossa pele que podemos experimentar a sensação de quente e frio, seco e molhado, áspero e macio, dor e carícia entre outras... e podemos senti-las da cabeça aos pés, porque a pele é o maior orgão do nosso corpo e ajuda a proteger todos os outros orgãos.
Na pele temos uns "buraquinhos" com pelinhos que se chamam poros e que nos ajudam a mandar mensagens para o nosso cérebro para que ele identifique as sensações que sentimos.
Fizemos um jogo em que identificamos objectos apenas com as mãos, jogamos a cabra-cega...e o Afonso identificou o pai que chegou à sala numa altura em que brincávamos de olhos fechados...
E a pele do pai José sentiu os beijos do Afonso e o aperto do seu abraço...
No dia seguinte metemos o nariz neste assunto e ficamos a conhecer o Olfacto. Tal como na nossa pele, também no nariz existem uns pelinhos que enviam mensagens ao cérebro para que ele nos ajude a identificar os cheiros.
Decidimos testar o nosso nariz e, em 6 copos tapados, cheiramos 6 diferentes odores cuja origem teria de ser descoberta com a ajuda das nossas narinas. Uns foram facilmente reconhecíveis, a laranja, chocolate, café e o vinagre, outro levou a alguma confusão, o maracujá, e um outro não foi reconhecido pois "não cheirava a nada", as aparas de lápis.
Também cheiramos algumas flores do nosso jardim, frésias e jasmim, e plantas aromáticas do nosso canteiro, salva, tomilho, alecrim, menta, alfazema, caril e santolina. A Ana sabia que o caril se punha no arroz e no dia seguinte cheiramos algumas especiarias: caril, oregãos, pimenta e canela.
Mas no dia dos cheiros também associamos o cheiro da planta fresca (alfazema, caril e alecrim) a ervas secas que temos na sala.
No último dia pusemos as nossas papilas gustativas da nossa língua a trabalhar e experimentamos o Paladar de alguns alimentos. Todos já conheciam o sabor salgado do sal e o doce do açucar, por isso, de olhos vendados, e depois de todos saberem aquilo que iam provar (pois teríamos de saber se alguém não gostava de algum dos alimentos que estavam em cima da mesa), partimos para a descoberta de outros sabores.
Salsicha, cenoura, azeitona, queijo, noz, laranja e limão eram os sabores à disposição. A Francisca passou o queijo e as azeitonas, os restantes provaram de tudo...e foi uma animação principalmente quando de olhos bem abertos se comeu o que sobrou...
Durante esta semana fomos construíndo o registo dos nosso sentidos... Aqui fica o lado artístico da ciência...
E como o Afonso "deitou conta" ao que aprendeu, aqui fica também uma soma de sentidos...com sentido e barras de cuisinere...
E na nossa sala vamos continuar a exercitar os nossos sentidos para conhecermos melhor o mundo que nos rodeia...
Sem comentários:
Enviar um comentário