Aida mora perto da escola e de sua casa até consegue ouvir as vozes das crianças quando elas brincam no recreio.
Conhecida da maioria das crianças, hoje ouvimos a sua voz dentro da nossa sala... e foi um prazer imenso recebê-la.
"Eu sou assim. É assim que eu sou. Cega.", conta-nos quando fala da sua história.
Mas a Aida trazia outra história. Uma história de um livro que temos na sala e que a Margarida, no fim-de-semana, levou para que ela a lesse ("O livro negro das cores"). Falou-nos da escrita em Braille e mostrou-nos como se podem "cheirar" as cores.
Mas a Aida também gosta de escrever e trouxe-nos um poema escrito por ela, intitulado "Criança Feliz". Este poema foi escrito já há algum tempo para um menino, como presente dos seus cinco anos.
E por falar em presentes, houve presentes para todos. De nós para ela e de ela para nós houve corações de lã, flores que as crianças trouxeram de casa e doces, porque o que os olhos não podem ver, as mãos podem tocar, o nariz cheirar, a boca pode provar e os ouvidos podem ouvir.
E uma das coisas que a Aida pode ouvir foi o nosso convite para regressar sempre que quiser, pois ela já não se vai "livrar" de nós.
Abraços abraçadinhos para a Aida...
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