Esta semana andamos às voltas com as medições das nossas alturas.
E tal como os nossos amigos da Sala Amarela, a nossa unidade de medida foi o palmo da mão esquerda da Aida.
Na maioria das vezes o palmo não permitia medirmos com exatidão, por isso, para fazermos acertos, usamos também o dedo indicador.
O Lourenço foi o único que não necessitou de "acertos", porque media exatamente 6 palmos.
Depois de escolhidas as cores das folhas de papel, precisamos contar palmos e dedos para traduzirmos as alturas que marcamos na parede.
Contamos palmos e dedos e organizamos alturas por ordem crescente e descobrimos que há amigos que têm a mesma altura... Também descobrimos que dez dedos, medem tanto com um palmo.
Eu Sou do Tamanho do que Vejo
Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo...
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não, do tamanho da minha altura...
Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,
Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver.
Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema VII"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Ena que vocês medem muitos palmos. Muito interessante esta vossa atividade e parceria com a sala amarela.Gostei bastante.
ResponderEliminarBeijinhos Triquiteiros