Hoje tivemos uma manhã
maravilhosa. Saímos para a rua pouco depois de termos chegado ao JI e só
voltamos para almoçar.
Desta vez fomos à descoberta de
um caminho novo. Tomamos decisões quanto às direções a seguir. Voltar à direita
ou à esquerda?!!
Descobrimos letras e números que servem
para identificar ruas e casas. Percebemos que as casas têm frentes e traseiras
e deste caminho vimos as traseiras da nossa escola e descobrimos as traseiras
da casa do Lourenço. Ouvimos o sino tocar e contamos as suas 10 badaladas.
Também ouvimos pássaros e tratores. Experimentamos texturas com as cascas das
árvores e sentimos odores com folhas e “chapéus” de eucalipto…e também abraçamos
perímetros de árvores.
Às vezes também nos zangamos,
porque em alguns momentos, alguns amigos esqueciam-se que tínhamos saído para
passear juntos e que nos devíamos manter próximos e que os da frente não se
deviam esquecer dos que ficavam um pouco mais para trás.
Evitamos uns perigos e
enfrentamos outros, superando-os com coragem e perícia.
Descobrimos musgo, raízes que
pareciam bonecos e círculos nos troncos cortados que nos dizem quantos anos as
árvores têm. Apanhamos ramos do chão que foram bandeiras, vassouras e sacholas
e muitos paus que foram pistolas, espadas, canas de pesca e máquinas para
cortar o mato.
Encontramos pinheiros bebés e
outros já mais crescidos …mas não tanto como nós.
Lanchamos e trouxemos todo o lixo
connosco. No caminho encontramos um contentor e deixamos lá o saco onde tínhamos
colocado guardanapos de papel e pacotes de leite. Quando não o podemos separar,
há uns senhores que o vão fazer mais tarde. Só não podemos é deixar o lixo no
chão.
O calor aumentou e foi preciso
arranjar solução para ficarmos mais “frescos”. Por isso tiramos casacos e cada
um de nós cuidou do seu.
Descobrimos camélias no caminho,
iguais às que temos no recreio da escola e outras flores. Andamos pelo sol e
pela sombra, encontramos muros feitos com pedras “coladas”, laranjeiras e casas
da “nossa” família. Atravessamos perigosas pontes, servimos cafés ao balcão,
abraçamos oliveiras, encontramos um graffiti e cumprimentamos gatos.
Regressamos cansaditos, mas muito
felizes e muito mais “ricos”…
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