"Em toda a infância houve um jardim. Isto é coisa de poetas."

Augustina Bessa-Luís

domingo, 8 de maio de 2011

Um vulcão em erupção e ovos cozidos...no fogão...

Há dias decidimos usar o nosso Kit de construção de vulcões …
E num desses dias a Francisca C. trouxe 7 ovos para a escola... Simplesmente porque lhe apeteceu…Quem sabe, para fazer um bolo.
E foi assim que vulcões e ovos entraram em duas experiências divertidas, e uma delas comestível…

O Vitor gosta especialmente de vulcões e um livro da nossa Biblioteca “Vulcões e Terramotos” é um dos seus favoritos. Numa das conversas da manhã ele falou sobre vulcões e mostrou-nos o desenho que tinha feito em casa, no seu “Caderno dos Recados”.
Lembrámo-nos que talvez estivesse na hora de construir o nosso vulcão. Abrimos a caixa, descobrimos o material e lemos as instruções. Com a ajuda da Educadora Ana Maria, que nesse dia nos veio visitar, mexemos o gesso com a água e colocámo-lo no molde que já tínhamos montado. Não foram precisos muitos minutos para que o gesso secasse e ficasse duro… A Leonor descobriu que ele estava “quente” e todos quiseram tocar na superfície lisa e ligeiramente aquecida. É que o gesso é exotérmico, isto é, liberta calor na reacção com a água, por isso aquece e, em grandes quantidades, obriga a cuidados redobrados.

Deixámos o gesso dentro do molde durante o fim-de-semana e na manhã de segunda-feira, retirámos o molde. O pai do Vitor, que o veio trazer nesse dia, também ficou a conhecer o nosso vulcão. Mas nesse dia tivemos outra visita…a Luisinha. Uma amiga nossa, que já andou no JI e que agora anda no 3º Ano, noutra escola. Como nesse dia, graças à Festa das Cruzes, a sua escola esteve encerrada, ela veio passar o dia connosco e aproveitou para rever os seus amigos da turma a que pertenceu no 1º e 2º Anos.
A Luisinha deu-nos algumas orientações na pintura do vulcão e aproveitámos o feriado da Festa das Cruzes para o deixar a secar mais tempo.

No regresso, depois de algumas breves explicações sobre as altas temperaturas que se fazem sentir no interior do nosso planeta, que são capazes até de derreter rochas, e do movimento de umas placas, chamadas tectónicas, estava tudo a postos para fazer o nosso vulcão entrar em erupção. Vinagre e fermento, ingredientes que ainda eram lembrados da experiência de encher balões sem assoprar, serviram para formar a lava que foi expelida no momento da erupção. Por falta de pigmento a lava ficou sem a sua cor alaranjada, mas o efeito foi conseguido.

Nesse mesmo dia decidimos o destino dos 7 ovos que a Francisca trouxe… cozer os ovos e comê-los. Dividir sete ovos por dezasseis crianças tornava-se um pouco difícil, por isso, depois de termos “feito contas”, formando pares de crianças, percebemos que mais um ovo facilitaria estas divisões. E quando uma avó vive ao lado da escola, ajuda a resolver muitos problemas. E a avó da Vera ofereceu-nos um ovo que permitiu uma divisão com “resto zero”.
Depois de elucidadas sobre os cuidados a ter com o material que iríamos utilizar na próxima experiência, enchemos o tacho com água e ligamos o disco eléctrico que rapidamente aqueceu e fez a água entrar em ebulição. Não foi difícil ver as bolhinhas que se formavam no fundo do tacho e o vapor que se ia formando. Com a água a ferver colocámos os ovos no tacho que tapámos. Quando, minutos mais tarde, o destapámos vimos uma densa nuvem de vapor e o efeito da condensação no testo. Alguns minutos depois retirámos os ovos da água quente e colocámo-los em água fria, que teve de ser substituída pois o calor dos ovos passou para a água fria e deixou-a “morna”. Ovos descascados, ovos divididos a meio… ovos comidos…

Nota: Os ovos são uma importante fonte de proteínas…e a mãe do João viu-o a comer a clara da sua metade de ovo e ficou surpreendida, pois em casa ele só quer comer a gema. A Ana Miguel nem com a cara de deliciados dos amigos ficou convencida e ofereceu-me a sua metade de ovo…



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